Insular

quarta-feira, agosto 30, 2006


Há uma tranformação dentro de mim
Um olhar de menina que esconde o desejo.

Há entre nós tantos silêncios cheios de palavras
Tantos olhares cheios de sentido
Há um espaço nosso, onde esquecemos o mundo.

terça-feira, agosto 29, 2006

Definição indefinida ou o inexplicávelmente belo



Indefinida a cor dos teus olhos, de uma beleza inexplicável...
Ou o não saber explicar o delicioso sabor dos teus lábios...
Que a cada gesto se transforma um sonho e deixa de haver impossíveis,
É o doce som da tua voz, que chega em múmurios
O momento em que me pegas na mão e caminhamos à beira mar
Quando oiço a tua gargalhada


Há tanto que não conseguimos definir, há uma imensidão de porquês que não conseguimos explicar... Define-me amor...

segunda-feira, agosto 28, 2006

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Ontem o encerramento da FATACIL foi em grande.

Para todos uma boa semana.

domingo, agosto 27, 2006

Convento do Carmo (Lisboa)



Construído, à semelhança do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na sequência da vitória de Aljubarrota, o Convento dedicado a N. Sra. do Vencimento, no Monte do Carmo, surgiu no cumprimento de um voto feito pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira, em 1389, seguindo o risco de Gomes Martins. Foi sempre um convento protegido, sobretudo pelo fundador, que o dotou de largo património, mas também por D. Duarte e D. Afonso V.
O local escolhido, repleto de significado quer para o instituidor, quer para a ordem carmelita a quem se destinava, apresentou desde logo enormes dificuldades técnicas, a nível dos alicerces, que cederam por duas vezes, e do suporte da cabeceira. Para a terceira tentativa, D. Nuno contratou os irmãos Afonso, Rodrigo e Gonçalo Eanes, três conceituados mestres de obras. Esta foi uma das maiores campanhas arquitectónicas de Lisboa, dinamizando grande número de homens que aqui introduziram novidades experimentadas já no estaleiro da Batalha.
Durante oito anos consolidaram-se os alicerces e o cruzeiro, mas pouco tempo depois foi necessário adquirir novos terrenos ao Almirante Pessanha para estruturar as fissuras do flanco sul - por aqui sabemos que em 1399 o templo tinha já paredes e frontaria, sendo-lhe acrescentados cinco arcobotantes. O mestre arquitecto teve em conta a instabilidade do terreno, devendo-se certamente a ele a iniciativa de cobrir de tijoleira as abóbadas das naves laterais (material mais leve que a tradicional pedra), tal como no Paço dos Condes de Ourém ou na Sinagoga de Tomar.
À semelhança da Batalha, também a cabeceira é poligonal, formada por cinco capelas de eixos paralelos, sendo a maior mais ampla e alta, e adquirindo o conjunto um ar maciço, ainda que rasgado por algumas janelas de elegantes ogivas. A cabeceira apresenta ainda, a um terço de altura, um forte embasamento, tal como no Paço de Ourém, engenhosa solução para combater o acidentado do terreno.Esta imponente igreja, de cerca de 70 metros de comprimento ruiu significativamente após o terramoto e consequente incêndio de 1755, perdendo grande parte do valioso espólio. As tentativas de reconstrução não foram avante, tendo permanecido o templo a céu aberto.Segundo testemunhos coevos, as abóbadas de cruzaria eram fechadas por bocetes decorados com simbólica alusiva ao Condestável. Os restos arqueológicos indicam que os torais das naves laterais suportariam abobadamento em berço quebrado, sendo a cobertura da cabeceira provavelmente idêntica à do templo da Batalha.
A fachada, modificada em 1532, é uma das zonas que se conservam melhor, sobressaindo desde logo o portal de seis arquivoltas ogivais, semelhante a alguns trabalhos escultóricos da 1.ª fase do ciclo batalhino. O portal lateral sul é, todavia, mais simples.As dependências conventuais incluíam, além da igreja, a sacristia, o capítulo dos bispos, uma capela desaparecida, o capítulo novo - cuja entrada é definida por belo portal quinhentista -, o refeitório, o dormitório e o claustro. A sacristia, constituída na primeira campanha de obras, possui ainda a original abóbada de cruzaria e os janelões góticos, embora tenha sofrido um acrescento seiscentista. O claustro é um belo exemplar do desadornado e austero "estilo chão" que marca o século XVII, destacando-se a singeleza dos arcos e das pilastras toscanas. A frontaria do convento desapareceu, mas Guilherme Debrie ainda a registou numa gravura incluída na edição de 1745 da Crónica de Frei José. A anterior gramática tardo-renascentista foi modificada após o terramoto, optando-se por uma imitação do estilo gótico, embora com uma linguagem por vezes barroca.
O Convento do Carmo está hoje ocupado pela Guarda Nacional Republicana e na igreja instalou-se o Museu Arqueológico do Carmo, pertencente à Associação de Arqueólogos Portugueses.
(artigo retirado de Diciopédia)

quinta-feira, agosto 24, 2006


(PhotoForum)

Bate ainda
no recanto deste coração,
em ecos ainda arde
a minha pele
em desejo por ti.

(2/01/06)

quarta-feira, agosto 23, 2006

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Hoje apetece-me ouvir... e repetir... e repetir...

terça-feira, agosto 22, 2006

Rotação


(Photoforum)

É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe,
mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti;
e se outras voltas me fazem ver nos teus
os meus olhos, não é porque o mundo parou, mas
porque esse breve olhar nos fez imaginar que
só nós é que o fazemos andar.

Nuno Júdice in "Pedro, lembrando Inês"

segunda-feira, agosto 21, 2006


A segurança destas paralelas
- a beira da varanda e o horizonte;
assim me facifico, e é por elas
que subo lentamente cada monte.

O tempo arrefecido, e só soprado
por uma brisa tarda que do mar
torna este minuto leve aconchegado,
traz mansas as certezas de se estar.

E vêm novos nomes: são as fadas,
gigantes e anões, que são assim
alegres de o serem - parcos nadas

que enchendo de silêncios este sim
dele fazem brinquedos, madrugadas...
Agora eu estou em ti e tu em mim.

Pedro Tamen

domingo, agosto 20, 2006

Sonhar...


"Quando alguém quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que se realize esse seu desejo."

Paulo Coelho in "O Alquimista"

Renovação

Sinto necessidade de renovação, sinto que tudo o que é feito apenas de nós cansa mais depressa. Assim renovo este espaço e passo às partilhas, de coisas diferentes.
Palavras novas, sentimentos novos, pensamentos novos, porque o vivermos no passado traz estagnação à mente humana e torna-nos pequenos demais para um mundo em constante evolução.

sábado, agosto 19, 2006


(foto de Clitie - Cristais de àgua)

Há demasiadas coisas belas na vida, para quê ocupar o pensamento com as que nos entristecem?

quinta-feira, agosto 17, 2006


Quero o suco e a àgua
que vertem de ti
quando me penetras a alma!
Os orgasmos que nos inundam
os lençóis húmidos dos nossos corpos!

Quero de ti cada segundo
de tormentas, para que não possas
ter um sono de descanso.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Liberdade



Não escrevo já!
Porque o tédio chega
e não oiço a tua música
ou porque os tambores
já não rufam ao passares.

Aborrecem-me as palavras
e os sentidos que lhes dão
quando, afinal, não têm sentido nenhum!

Como dizer-te que já não me prendes,
porque não quero ser da tua vontade!


Se os papagaios lançados,
ao vento,
se desprenderam das cordas
e seguem o seu rumo...
Se até eu
me desenraízei...

(15/05/06)

terça-feira, agosto 15, 2006

Há coisas que acabam, como as férias...
E há doces começos...

segunda-feira, agosto 07, 2006

A lua encandescente
traz consigo esse sorriso
que nasce entre as copas das àrvores
que lhes pega o fogo
da noite...

Desses braços largos
enraízados pelo corpo
de uma amante em abandono.

São todas as noites
no topo de um mundo
esperando por ti...
São os beijos sempre que chegas
molhado do cheiro das ondas
de um prazer que não quero esquecer.

És tu entrando e saindo
ao teu ritmo...
Com toda a frescura das manhãs
em que os teus lábios estão mais doces
que todo o mel, que me fazes
provar ao entardecer!

(7/08/06)

terça-feira, agosto 01, 2006

O cultivo

Sobre uma terra bruta
e por cultivar
deitaste a semente...
Brutou o fruto
no terreno inóspito, apenas
açoitado pelo vento.

A chuva que antes caía...
tempestuosa,
surge agora, apenas,
para dar vida ao que vais plantando.

Tudo o que antes estava amarelecido e seco
pelo Sol,
está agora verdejante
e cheio de diferentes cores.

 
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